Os últimos cem dias têm mostrado que os piores prenúncios podem se cumprir com grande facilidade, dadas as condições institucionais do país. Em meu último post, de fim de Outubro/18, comentei “Geralmente consertar os erros é um ato amargo assim como entrar na tarefa obscura de descobrir o que vem pela frente.” Pois bem, as duas questões, consertar os erros e descobrir o que vem pela frente, estão na pauta do dia, a cem dias. Os poderes, constituídos para equilibrarem um ao outro, penderam e adernaram, e agora brigam para se sobressair diante de um beco sem-saída inexorável. Assistimos ao desmonte sistemático de vários equipamentos, serviços e de representatividades, sem que a sociedade consiga se manifestar com força, potencializando dia-a-dia o poder destrutivo que se tornou a máquina pública de governar. A cultura, a pluralidade, a segurança institucional e jurídica, que servem para sustentar uma nação, estão por um fio. Assistimos, ao redor do mundo, e há décadas,